O Município de Oliveira do Bairro vai receber 20 mil euros para um projeto que visa o controlo preventivo e deteção rápida de exemplares isolados dispersos ou em pequenos núcleos de erva-das-pampas.
Neste âmbito, Jorge Pato, Vice-Presidente da Câmara, esteve esta sexta-feira, 29 de outubro, em Lisboa, na cerimónia de assinatura do protocolo “Intervenções para o controlo da erva-das-pampas em Portugal continental” com o Fundo Ambiental, a convite do Ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes.
O autarca de Oliveira do Bairro mostrou-se bastante satisfeito por ter visto “mais uma candidatura a nível nacional aprovada, facto que confirma que a nossa estratégia e os nossos projetos são merecedores do apoio das entidades que gerem estes fundos”.
Especificamente sobre esta candidatura, Jorge Pato justifica a sua apresentação com o facto de se ter “verificado, nos últimos dois anos, um aumento do número de exemplares de erva-das-pampas por todo o concelho de Oliveira do Bairro”.
Este financiamento surge na sequência de uma candidatura apresentada pelo município bairradino a um Aviso do Fundo Ambiental. Para além de Oliveira do Bairro, apenas mais nove municípios de todo o país vão contar, neste âmbito, com o apoio financeiro do Fundo Ambiental. São eles Lousada, Vila Nova de Poiares, Oliveira de Azeméis, Braga, Vagos, Oeiras, Cantanhede, Arganil e Viana do Castelo.
Sobre a erva-das-pampas
A Cortaderia selloana, também conhecida como erva-das-pampas, é uma planta gramínea classificada como espécie exótica invasora, sendo capaz de produzir sementes (até 100.000 em cada pluma feminina) que se dispersam facilmente com a ajuda do vento. É considerada uma praga, que ameaça habitats de interesse comunitário existentes em áreas naturais protegidas, representando uma séria ameaça para a biodiversidade.
Além disso, a Cortaderia selloana é uma gramínea que, ao contrário das espécies de gramíneas autóctones, floresce no final do verão, pelo que, ao pico das alergias primaveris provocadas por estas últimas, se junta um segundo pico de alergias no final do verão e outono. Isto diminui o tempo de descanso do organismo humano na ausência de alergénios e pode agravar patologias causadas pelo pólen das gramíneas, com os inerentes problemas de saúde pública daí decorrentes.