O presidente do Conselho de Administração do Hospital Infante D. Pedro, Francisco Pimentel, afirmou ontem ter esperança de que o agrupamento dos hospitais de Aveiro, Águeda e Estarreja num novo centro hospitalar possa avançar ainda este ano.
A medida, que vem sendo estudada há vários anos, está prevista no Orçamento do Estado para 2011 e o próprio secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Manuel Pizarro, aquando de uma visita a Aveiro, garantiu a constituição do Centro Hospitalar de Aveiro até ao final deste ano.
Em declarações hoje à Lusa, Francisco Pimentel disse que o projecto “está pronto e aprovado”, não havendo ainda nenhuma decisão quanto à data para a sua implementação, mas sublinhou que “do ponto de vista operacional, o centro hospitalar era preciso para amanhã”.
Afirmando que “quanto mais rápido melhor”, o responsável considera que esta “gestão comum” pode ter benefícios na diminuição da despesa, optimizando os recursos destas três estruturas hospitalares próximas.
No entanto, Francisco Pimentel garante que a principal preocupação é melhorar os serviços.
“O objectivo principal é vermos como é que esta nova orgânica e funcionalidade se pode revestir numa melhor prestação de cuidados de saúde”, frisou.
O administrador assegura ainda que esta fusão não originará despedimentos ou dispensas de profissionais, sustentando que “provavelmente, no final do processo, ainda manteremos carências de alguns recursos humanos”.
Segundo o presidente do Conselho de Administração do Hospital de Aveiro, com o novo centro hospitalar, há possibilidade de reduzir custos em diversas áreas como na compra de medicamentos.
“Se comprar uma quantidade [de medicamentos] maior para os três hospitais em simultâneo, posso ter condições de negociação com uma empresa muito melhores do que se tivermos cada um dos hospitais a fazer pequenos contratos em paralelo”, exemplificou.
O administrador referiu ainda outros casos onde pode haver uma economia em termos de custos, como ao nível dos recursos logísticos de apoio que, segundo disse, “estão triplicados”.
“Se houver um serviço de apoio que cubra os três hospitais estamos a racionalizar procedimentos”, afirmou, dando como exemplo a possibilidade de “concentrar todas as análises num único laboratório, diminuindo assim o custo final de cada análise”.
O responsável frisou ainda que, actualmente, cada um dos hospitais tem o seu Conselho de Administração, enquanto que o futuro centro hospitalar terá uma administração e direcção únicas.
Francisco Pimentel não quis especificar quais os serviços que vão funcionar nas três unidades, adiantando apenas que cada hospital estará vocacionado para uma área distinta.
A criação de centros hospitalares está prevista no decreto-lei 284/89 e é um mecanismo que visa reforçar a articulação e complementaridade entre os estabelecimentos hospitalares do Serviço Nacional de Saúde, através do melhor aproveitamento da capacidade neles instalada.
Antonio Cruz disse:
Gostava de ver a nossa língua mais bem tratada. Director escreve-se assim. Não diretor.
Com os meus respeitosos cumprimentos
pedrofcosta disse:
Olá!
O peça em questão é da autoria da Agência Lusa que já adoptou o novo acordo ortográfico. Ou seja, director passa a diretor, assim como adoptou a adotou.
Obrigado pela chamada de atenção.
Pedro Costa