A nova Unidade de Saúde Familiar da Palhaça está oficialmente inaugurada e apta a receber os seus cerca de 3400 utentes. A obra, cujo investimento ascendeu a cerca de um milhão de euros, dos quais 762 mil de fundos comunitários, recebeu esta terça-feira uma primeira visita da presidente da CCDRC (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro), Isabel Damasceno, da diretora da ARSC (Administração Regional de Saúde do Centro), Rosa Reis Marques, do diretor executivo do ACeS Baixo Vouga, Pedro Almeida, do autarca Duarte Novo e de outros convidados, conduzidos pela coordenadora da USF Flor d’Areosa (Palhaça e Oiã), Micaela Oliveira.
Apesar de este ser um dia feliz, como frisou Isabel Damasceno, pois tratando-se de uma época natalícia, “não haverá prenda melhor, quer para a população, quer para os profissionais de saúde, do que um equipamento como este”, a necessidade de mais médicos foi pedido que fez eco nos discursos formais. “Estou em crer que, com a sensibilidade e capacidade de resposta da Dra. Rosa e da ARS, até de fazer milagres, não enjeitará essa responsabilidade de responder à necessidade de recursos humanos que esta unidade de saúde, e outras, precisam”, frisou a presidente da CCDRC.
Rosa Reis (ARSC) agradeceu à CCDRC pela “forma íntegra e sempre estreita com que tem trabalhado com todos nós” e à Câmara “pela forma como acarinha a área da saúde e os nossos profissionais e serviços”. Sobre o novo equipamento, referiu que ali os profissionais de saúde “sentem conforto, carinho, aconchego, tanto para eles como para os utentes, e isso traz-nos alguma esperança e algum ânimo”, desejando que seja “um sinal auspicioso de um novo ano que se aproxima”.
Lamentando que, face às circunstâncias atuais, esta não possa, como devia, ser “uma festa para todos os palhacenses, pois esta é uma obra que serve um bem essencial para todos, a saúde”, o presidente da Câmara lembrou o desafio, há quatro anos, para criar novos espaços para locais onde a oferta era exígua. “Foi crescendo o apoio, primeiro para uma, depois para as duas USF’s e felizmente hoje a comparticipação é superior a um milhão de euros”, mantendo a esperança de que “a candidatura da USF da União de Freguesias venha a ser igualmente contemplada, pois Oliveira do Bairro merece esse reconhecimento”.
Paralelamente a estes projetos, “falta mais uma, a de Oiã. Temos terreno escolhido, que é o do Município, e está nos nossos planos aproveitar o PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] para esse investimento”.
Isabel Damasceno salientou que “está a terminar um programa e a entrar outro, daí ter de haver uma gestão parcimoniosa de acordo com as disponibilidades”, mas acima de tudo destacou que se trata de fundos comunitários, ou seja, “é a solidariedade da Europa a funcionar. São estes fundos que dão origem à possibilidade de construir e financiar estes equipamentos tão valiosos e importantes para a população”.