Os 85 anos de vida que as Caves Solar de São Domingos celebram em maio deste ano servem de mote a uma série de iniciativas que a empresa se propõe realizar ao longo dos próximos 12 meses e que revelam a dinâmica da empresa.
“Todos os dias 26 de cada mês traremos a público diversas iniciativas que se caracterizarão por apresentação de novas referências, experienciação de provas temáticas ou ações de campo em contexto de trabalhos de vinha”, explicou Eugénia Freitas, administradora da empresa. E, foi precisamente à volta de uma ação na vinha (poda de formação) para um grupo restrito de participantes (sobretudo jornalistas) que se assinalou, no passado dia 26 de janeiro, o início das comemorações.
Na ocasião foram também reveladas as metas para os próximos seis anos. Crescer em dimensão, volume e, sobretudo, em prestígio e qualidade fazem parte de um projeto orçado em cerca de dois milhões de euros e que visa dotar a empresa de todas as condições para não só poder certificar todos os produtos com a denominação “DO Bairrada”, mas também dar um novo impulso ao enoturismo.
Depois de uma divertida e muito didática ação de poda real na “Vinha Pedagógica”, localizada nas traseiras da empresa, com vista para a várzea da Moita, e onde estão plantadas cerca de cinco dezenas de castas diferentes, na qual também participou a presidente da autarquia anadiense, Teresa Cardoso, Alexandrino Amorim, responsável pelo Marketing e Comunicação da empresa, explicou que “fruto do entusiasmo de 2021, a empresa decidiu avançar com este arrojado projeto, a 12 meses”.
Numa iniciativa inédita, a enóloga Susana Pinho aceitou o desafio da administração para desenvolver uma linha especial de vinhos, num conceito inovador, a cada nova colheita. Neste dia, deu a conhecer o primeiro vinho que nasce deste projeto pessoal e que traduz o seu ser. ANIMA MEA, que significa “Minha Alma” é um vinho que espelha muito os gostos pessoais de Susana Pinho, sobretudo pelas castas brancas. Por isso, a primeira edição recai num vinho branco, elaborado com a casta Cercial (100%), da colheita de 2018.
As uvas que dão corpo a este néctar bairadino são oriundas de uma única parcela de vinha situada em Outeiro de Baixo.
Com aroma exuberante e notas florais, estão também presentes uma delicada tosta e fruto cítrico. Encorpado e sério na boca, tem um final longo, especiado e muito mineral, revelando ser um vinho singular.
Foram produzidas 1300 garrafas, encontrando-se já disponível no mercado. PVP ronda os 30 euros.
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