Condicionada pela pandemia, a Filarmónica Vaguense, que em junho perfaz 162 anos de vida, tem mantido a sua atividade regular, sem, no entanto, participar em arruadas, missas e procissões. A exceção aconteceu precisamente em Amoreira da Gândara, após longo jejum de vinte meses, quando músicos e maestro vestiram a farda para cumprir contrato, em novembro do ano passado, na festividade em honra de São Martinho.
Para 2022, não obstante o clima de incerteza que se vive, a Filarmónica acabou por definir e aprovar o seu plano de atividade, na perspetiva de “retoma de alguma normalidade”. Segundo o presidente da instituição, a aposta está vocacionada para o reforço da melhoria da Escola de Música, e ainda para eventos que “permitam a organização e controlo do público, nomeadamente, concertos de diferentes formatos”.
Na mensagem que publicou, o presidente da Filarmónica considera premente “reforçar o envolvimento da comunidade, quer atuando com outros grupos e agentes culturais, quer interagindo com os diferentes públicos da nossa comunidade”. Para Ricardo Martins, a cultura “deve ser encarada por todos, como um pilar edificador da sociedade, e uma manifestação do seu progresso”.
Como tal, acrescenta, a Filarmónica Vaguense “continuará a aprofundar o ensino e a disseminação da música, nacional e internacionalmente”.
Agradecido pelo apoio institucional da câmara municipal, juntas de freguesia, empresas e particulares, que considera “determinantes para a contínua afirmação, intervenção e importância da Filarmónica, enquanto agente cultural na nossa comunidade”, aquele dirigente reconhece e destaca, entre outros, a dedicação e iniciativa do maestro, Leonel Ruivo, professores, músicos, alunos, pais e sócios.
Eduardo Jaques/Colaborador