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Anadia // Moita // Sociedade  

E o nome da minha aldeia é o lugar do Saidinho

Com os jovens emigrados, restam os mais velhos como Benilde, cuja única companhia é a solidão.

Benilde Neves é uma das quatro habitantes do Saidinho, pequeno lugar da freguesia da Moita, no concelho de Anadia. Na reportagem que publicamos no Jornal da Bairrada (edição de 17 de fevereiro de 2022), recorda os tempos de infância, em que havia festas mas a vida era dura. Com os jovens emigrados, restam os mais velhos como Benilde, cuja única companhia é a solidão.

No seu tempo de criança, a aldeia tinha mais habitantes e, consequentemente, mais vida. “Já cá viveu muita gente, mas tudo se modificou. Uns foram para outro lado, a juventude emigrou (…) e daqui por uns anos, já aqui não mora ninguém”, vaticina.

Quando era jovem, realizavam-se várias festas, sendo a mais popular a Festa de Nossa Senhora da Lapa, conhecida como “Pascoela”, pois realizava-se no domingo após a Páscoa. A celebração religiosa durava dois dias (domingo e segunda-feira) e consistia numa missa da parte da manhã, seguida de almoço em comunidade com os habitantes e pessoas de fora da aldeia que ali se deslocavam, e terminava com bailarico o resto do dia.

Benilde Neves não teve uma vida fácil. Casou, teve filhos, mas, mesmo assim, sentia-se sozinha pois o marido saía cedo de casa para trabalhar, tal como os seus três filhos, que deixaram a escola ao 4.º ano para ir trabalhar e ajudar os pais a construir um lar melhor. Assim que tiveram oportunidade, emigraram para os EUA (…).

Anos mais tarde, Benilde ficou viúva, o que a deixou ainda mais com o sentimento de que estava sozinha, sem companhia, afirmando mesmo, “a minha vida é muito triste”.

Contudo, tenta manter-se ativa e independente. Aos 82 anos, ainda faz as compras sozinha, vai às suas consultas e anda bastante a pé.

Leia a reportagem completa, da autoria de Emília Cardoso, na edição de 17 de fevereiro do JB