Aprovado, por maioria, em Assembleia Municipal, com votos contra do PS e Chega, foi decidida a “municipalização” do Museu do Brincar, instalado no centro da vila, no Palacete Visconde de Valdemouro.
A proposta, apresentada pelo executivo camarário, no valor de 265 mil euros, confirma não apenas a aquisição da propriedade da marca, sigla “MdB” e respetivo logotipo, mas também o acervo museológico das cerca de 12.500 peças (onde se incluem peças singulares, pares ou conjuntos), que fazem parte do mencionado espólio.
No decurso da discussão, o presidente da câmara reconheceu que o Museu do Brincar é “uma mais valia para Vagos” e, porventura, “um dos expoentes máximos” da vida cultural do município, nomeadamente como elemento importante para a sua promoção turística. Silvério Regalado confessaria, a propósito, que a câmara “não fez nenhuma avaliação” daquele património, tendo o processo negocial começado nos 450 mil euros, tendo sido reduzido “até chegarmos a um valor que considero razoável”. E admite mesmo que “pela minha vontade tínhamos pago um bocadinho menos, mas obviamente num processo negocial temos sempre que ceder”,
Para o PS, que votou contra a proposta apresentada, no Plano Estratégico de Vagos “não existe referência à municipalização” do referido espaço, sendo certo, por outro lado, que “não se conhece qualquer decisão da autarquia de Vagos sobre o futuro espaço do museu”. Na sua declaração de voto, os dois deputados municipais do PS (Óscar Gaspar e Bruno Julião), reconhecem que “não existe um cadastro das cerca de 12.500 peças”, como também é desconhecido se o espólio de 22 mil peças existentes, conforme é referido no sítio do Museu, vão ser “incluídas ou excluídas as de maior valor”.
Eduardo Jaques
Notícia completa na edição de 24 de março de 2022 do JB