Na sua última reunião, a Assembleia Municipal de Vagos aprovou, por unanimidade, um voto de solidariedade ao Colégio Diocesano Nossa Senhora da Apresentação (Calvão). Em causa estão alegadas dificuldades que aquele estabelecimento de ensino atravessa, na sequência da promulgação, pelo Presidente da República, do normativo que muda as regras de apoio aos privados.
A moção foi apresentada pela bancada social-democrata, mas alguns dos considerandos acabariam contestados pelo Movimento Vagos Primeiro (MVP). No final, todos estiveram de acordo, expressando a solidariedade ao Colégio de Calvão “pelas dificuldades que atravessa, correndo o risco de encerrar, e pela luta que a maioria da população do concelho de Vagos trava neste momento”.
Recorde-se que, para além de Calvão, existem na diocese de Aveiro três outros estabelecimentos particulares católicos, com contratos de associação com o Estado – Colégio Salesiano (Mogofores), Colégio Nossa Senhora da Assunção (Anadia) e Instituto de Bustos (Oliveira do Bairro).
Todos eles recebem actualmente, em média, 114 mil euros ano/turma, e com os cortes ditados pela Lei, vão passar a receber 80 mil. Valor que os responsáveis consideram insuficiente. “Nem sequer chega para cobrir as despesas com o pessoal docente e não docente”. Em Calvão podem ser afectados 1.018 alunos, a que se juntam 168 postos de trabalho, entre professores e funcionários.
Eduardo Jaques/Colaborador