No concelho de Anadia e mais concretamente nas paróquias da Moita e de Vila Nova de Monsarros, há mais de uma década que o padre Vitor Espadilha realiza uma cerimónia ainda para muitos desconhecida, mas que tem vindo a conquistar adeptos. Falamos da bênção das casas com giz abençoado por ocasião da Solenidade da Epifania do Senhor, este ano celebrada no domingo, dia 8 de janeiro.
Assim, uma vez mais, as paróquias preparam-se para cumprir esta tradição, que começa também a conquistar os fiéis em Avelãs de Cima, paróquia que o padre Vitor Espadilha assumiu mais recentemente, a par com as duas restantes.
Ao JB, o pároco confirma serem cada vez mais as famílias a participar neste ritual da bênção, não só por questões religiosas e de fé mas porque nos tempos difíceis e conturbados que o país e o mundo atravessam , esta é “mais uma forma de pedirem bênção e proteção a Nosso Senhor Jesus Cristo para as suas casas e famílias”.
Assim, nas missas de sábado e de domingo, nestas três paróquias, o padre Vitor vai proceder à bênção do giz (oferecido pela paróquia ou levado pelos próprios fiéis), que depois será usado por cada um nas suas casas por forma a proceder à bênção das mesmas, no seio familiar.
Missas
Sábado
17h30 – VN Monsarros
18h30 – Moita
19h45 – Neves do Pinheiro (Av. Cima)
Domingo
9h – VN Monsarros
10h15 – Moita
11h30 – Avelãs de Cima
12h45 – Póvoa do Gago
19h – Fontemanha
A bênção das casas deve ser feita preferencialmente durante esta semana (8 a 15 de janeiro), mas pode ser feita até ao dia 2 de fevereiro, que marca a altura em que Jesus foi apresentado no Templo, frisa o pároco. A inscrição – “20 * C+M+B+23” deve ser mantida na porta até ao dia de Pentecostes.
O 20 e o 23 representam o ano 2023; o “C+M+B” representam Christus Mansionem Benedicat, ou seja, Cristo abençoe esta casa; e cada letra é intercalada com uma cruz que representa Jesus, Maria e José. A * (estrela) lembra a que guiou os Magos até ao Menino Jesus e a sigla CMB pode ainda ser entendida como a representação dos três reis magos (Gaspar ou Caspare, Melchior e Baltazar), “que visitaram o Menino Deus, que habita nas nossas casas/corações”, referiu o Padre Vítor Espadilha ao JB, não deixando também de destacar que “se um familiar, vizinho ou amigo não puder estar presente, podem também cumprir o rituais da bênção, levando-lhes a pessoa que vier à missa o giz abençoado até eles”.