O sexagenário que terá matado o ex-companheiro da filha no sábado, em Oliveira do Bairro, vai aguardar julgamento em prisão preventiva, indiciado por um crime de homicídio simples e posse ilegal de arma, disse ontem à Lusa fonte judicial.
O alegado homicida, um engenheiro agrónomo, de 63 anos, foi presente ontem ao Tribunal de Águeda para primeiro interrogatório judicial, tendo-lhe sido aplicada a medida de coação de prisão preventiva.
Em declarações à Lusa, Pedro Teixeira, advogado do detido, disse que o seu cliente está indiciado pela prática de “um crime de homicídio não qualificado e um crime por detenção ilegal de arma”.
Depois de ter sido ouvido pelo juiz do Tribunal de Águeda, o detido recolheu ao Estabelecimento Prisional de Aveiro, onde vai aguardar julgamento, adiantou o causídico.
Pedro Teixeira afirmou ainda que o seu cliente terá agido “em legítima defesa”. “Houve uma discussão e uma investida de Cláudio [a vítima] e o engenheiro teve de se defender”, afirmou.
O crime ocorreu no passado sábado, no parque da Mamarrosa, em Oliveira do Bairro, onde a vítima, um advogado de 35 anos, tinha ido encontrar-se com a filha, conforme determinado no processo de regulação do poder paternal.
Após o crime, o alegado homicida entregou-se no posto local da GNR, levando consigo o revólver utilizado.
A vítima era sócio da Associação Portuguesa para a Igualdade Parental e Direito dos Filhos, que, em comunicado, lamentou a trágica morte do seu associado.
“O caso do nosso associado era bem conhecido de todos, que estimavam a sua luta pelo direito da sua filha a conviver livremente consigo, e pelo seu direito a não ser excluído desse direito/dever”, lê-se no comunicado.
A associação diz ainda que o advogado foi morto “por nunca desistir de assumir a sua responsabilidade como pai – responsabilidade que lhe quiseram tirar, de facto e judicialmente, a todo o custo e que agora, com o seu assassinato, conseguiram”.
Mendes disse:
Existe mais uma parte da noticia que foi esquecida. Uma tragédia não vem só. A nova companheira perdeu o filho do Cláudio nesse mesmo Sábado. Será que isso também é legitima defesa??
CLáUDIO e FILHA, descansem em PAZ. Qua a justiça chegue para quem MATOU, que a pena sirva de lição, racionalmente todos sabemos, não vai trazer à vida as duas almas, mas será mais um sinal para que todos nós, seres HUMANOS RACIONAIS, façamos uma reflexão antes de se fazer mal ao NOSSO SEMELHANTE.
Manuel da Silva disse:
Para mim este assassino deveria levar 25 anos de prisão e o seu advogado por estar a mentir devia apanhar 10 anos de prisão e ser-lhe retirada a cédula profissional. A filha como juíza deveria também apanhar 20 anos de prisão, pois como magistrada, em vez de fugir com o pai, deveria por lei, dar-lhe logo voz de prisão, por assassinato e uso ilegal de arma.
Mas como a nossa justiça é uma palhaçada, a juíza continua a ser juíza, o assassino leva uma pena leve e o advogado continua a aldrabar.