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Oiã // Oliveira do Bairro // Sociedade  

Giesta: Plantação do arroz à antiga deixa semente na preservação do património

A associação DeCértima está a recriar a produção do arroz à moda antiga, na região que chegou a ser a melhor do país.

Conscientes de que a preservação de hábitos e costumes é deveras importante ao conhecimento identitário das nossas gentes, a DeCértima levou a cabo, no dia 10 de junho, uma plantação do arroz à moda antiga.

Assente no saber fazer, a faina foi iniciada com a passagem de uma grade (antigamente chamava-se o “rasoilo”) para melhor preparar a lama da marinha destinada a receber os dedos mágicos dos plantadores.

Estes, vestidos a preceito e bem prevenidos contra os mosquitos matinais com hortelã entrelaçada nos chapéus, começaram por distribuir o arroz em pequenas “faxas”, por todo o espaço a utilizar, iniciando-se de seguida os trabalhos da sua plantação.

Embalados pela boa disposição, sempre acompanhada das tradicionais piadas e larachas que aferiam a destreza e a habilidade de cada um, o arroz, pitada a pitada, foi “vestindo” de verde o lençol de água da marinha.

A faina foi apreciada por pessoas de várias faixas etárias que se deslocaram ao local, o mesmo acontecendo com muitos caminhantes habituais das margens do Cértima, que, incrédulos por presenciarem esta surpresa, lá foram tirando fotos e fazendo vídeos de circunstância.

Terminada que foi a plantação, os plantadores com pés e mãos lavadas nas águas frescas do rio Cértima, foram chamados para a tradicional “côdea”, que a “horas”, e muito bem preparada pelas “mulheres”, sossegou o corpo dos mais cansados.

A presença do executivo da Junta de Freguesia de Oiã, através do seu presidente, Bruno Seabra, e Valter Matos, acompanhados pelo presidente da Assembleia de Freguesia Christian Simões, foram importantes no apoio moral e incentivo transmitidos.

A DeCértima, através de uma “repórter” de serviço, acautelou o registo fotográfico e em vídeo do trabalho realizado, que se pretende vir a servir de espólio para divulgação pública.

O local onde o arroz foi plantado manualmente pode ser visitado, a nascente da ponte sobre o Rio Cértima, junto ao Parque do Ribeirinho, na Giesta.

A DeCértima apela a que “não deixe de passar por lá!”