Um acidente com um ferido grave, no cruzamento para a Zona Industrial de Alféloas, na manhã da passada sexta-feira, fez ressurgir a discussão em torno da necessidade de uma rotunda naquele ponto negro do concelho de Anadia.
O assunto não é novo, sendo recorrentemente abordado, quer nas reuniões de executivo camarário, quer nas assembleias municipais. Porém, a presidente da Câmara Municipal de Anadia, Teresa Cardoso, contactada por JB, lamenta que os projetos de rotundas, quer para aquele cruzamento da EN 334 com a variante à EN 235 (cruzamento de Famalicão com Pereiro), quer também, mais à frente, para o entroncamento da entrada norte na cidade/Avenida das Laranjeiras, estejam concluídos mas não possam, para já, ser concretizados.
“Da nossa parte, os projetos estão feitos. Foi-nos pedido que fizéssemos imensas alterações, que já fizemos, mas continuamos a aguardar o parecer final da IP [Infraestruturas de Portugal] e do IMT [Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres], pois são eles que têm de validar”, apesar de as obras serem feitas a expensas do município.
Teresa Cardoso voltou a frisar que a variante à EN 235 não está sob tutela da câmara municipal, “embora já tenha sido solicitado, por diversas vezes”, neste e no anterior mandato, ainda para mais quando já existem dois troços daquela via que foram desclassificados e estão sob responsabilidade do município: o troço que liga Monsarros a Vila Nova de Monsarros e a zona do cruzamento da Moita (que já foi alvo de uma intervenção, com a construção de uma rotunda).
“No entanto, há troços intermédios que não foram desclassificados”, ressalva a autarca, frisando que esta é uma das dificuldades do processo de descentralização de competências.
Está ainda a ser negociado um projeto com a EDP, para iluminação, desde o IC2 até àquela entrada norte de Anadia.