O município de Anadia quer avançar com a construção de duas rotundas na EN 235 por forma a diminuir a sinistralidade no cruzamento para o Pereiro/Famalicão (Zona Industrial de Alféloas) e no entroncamento da entrada norte na cidade de Anadia/Avenida das Laranjeiras. Por isso, na última reunião de executivo, foi aprovada, por unanimidade, a proposta de minuta de acordo de gestão a celebrar entre a Infraestruturas de Portugal e o Município de Anadia com vista à execução de duas rotundas neste troço.
Na ocasião, a presidente da Câmara Municipal, Teresa Cardoso, explicou aos restantes executivo tratar-se de “uma autorização da IP para que o Município possa lançar a empreitada e assumir os encargos inerentes às respetivas construções”, sendo este o primeiro passo de um longo caminho que ainda falta percorrer.
A edil aproveitou para clarificar que, “como estas duas rotundas fazem parte de uma via que é da responsabilidade das IP, cujos troços não foram desclassificados e como não há ainda nem abertura ou disponibilidade para o fazer”, o executivo solicitou à IP que aprove os projetos com a maior celeridade e que permita lançar a empreitada: “O que nos foi prometido, para já, é a minuta do acordo de gestão”, frisou, lamentando que ao contrário da zona da rotunda da Moita já desclassificada, bem como a estrada de Monsarros até ao limite com o concelho da Mealhada, este troço ainda não o tenha sido.
“Não faz sentido nenhum, não haver esta abertura e disponibilidade para a transferência desta via para o domínio municipal”, reforçou Teresa Cardoso perante a intransigência da tutela. “Só pedimos que, pelo menos, nos aprovem os projetos” por forma a que o processo burocrático possa correr, já que é seu entendimento que o município de Anadia “não pode continuar com este ónus que nos é imputado sempre que ali ocorrem acidentes.”
A proposta de minuta identifica as responsabilidades do município de Anadia, nomeadamente a execução dos projetos, a própria empreitada e encargos. Contudo, Teresa Cardoso acredita que, depois de tantos anos de impasse e das dificuldades que têm existido na aprovação dos projetos, o que levou o município face às inúmeras exigência a contratar até um perito em segurança para acompanhar todos os pormenores dos projetos e orientações da IP, seja agora possível dar mais um passo, ainda que depois do projeto aprovado e da minuta de acordo de gestão celebrada entre ambas as partes faltará ao IMT (Instituto da Mobilidade e dos Transportes) validar a intervenção e o acordo de gestão.
Teresa Cardoso entende que esta é a forma de passar a responsabilidade também para a Infraestruturas de Portugal, já que do lado do Município existe toda a vontade e determinação para levar a obra a concurso.