O Município de Águeda obteve um resultado global de 67,3 no Índice de Sustentabilidade Municipal 2024, que avalia o cumprimento dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, mantendo o seu posicionamento de liderança nos parâmetros avaliados face à região e ao país.
O documento foi apresentado pelo CESOP (Centro de Estudos e Sondagens de Opinião) da Universidade Católica, responsável pelo estudo, esta quarta-feira, no Salão Nobre do Município, num evento que reuniu três eco-freguesias, dois eco-agrupamentos de escolas do concelho e uma empresa local, que apresentaram as boas práticas de sustentabilidade que implementam.
“Este índice destaca e valoriza o trabalho consistente que tem vindo a ser feito em todo o concelho nos vários domínios de governança e que contribui para o desenvolvimento sustentável nas áreas ambiental, social, económica ou turística”, disse Jorge Almeida, Presidente da Câmara Municipal de Águeda, acrescentando que os resultados demonstram que “estamos no rumo certo” e comprometidos com a implementação de medidas sustentáveis e que promovam a qualidade de vida da população.
Os bons resultados alcançados e que colocam Águeda em destaque nos quadros local, regional e nacional refletem o exemplo e liderança do Município, num desempenho que indica “o caminho percorrido face às metas com as quais estamos todos comprometidos”, reforçou, salientando que são indicadores para os quais contribuem “mesmo todos”, desde instituições, Juntas de Freguesias, escolas, empresas e sociedade em geral.
O documento, com esta análise detalhada à atividade do Município, é uma ferramenta que apoia na tomada de decisões e na definição “da estratégia de atuação, porque há áreas em que precisamos manter o investimento e outras em que é necessário reforçar para sermos ainda mais harmoniosos”.
O CESOP avaliou um conjunto de 152 indicadores, representativos das 74 metas previstas na Agenda 2030. Na análise global aos 17 ODS, Águeda obteve um resultado de 67,3, um valor superior aos índices conseguidos pelo país (63,6), pela Região Centro (64,6), pela Região de Aveiro (63,7) e pela média do municípios comparáveis (63,4).
Isto significa que “temos 67,3% do caminho cumprido” para o desenvolvimento sustentável e que, embora os resultados sejam “muito positivos”, ainda “há trabalho a fazer”. As metas são exigentes e ambiciosas e “é necessário manter o foco para que a consistência que temos apresentado conduza, por um lado, à manutenção dos níveis ótimos conseguidos e, por outro, à melhoria de outros, para nos mantermos à frente”, declarou Jorge Almeida.
Na sessão pública desta quarta-feira, Joana Abreu, do CESOP, frisou que “o Município de Águeda está bastante à frente, quando comparado com o todo nacional, com a Região Centro, com a Região de Aveiro e com os municípios comparáveis, um grupo de 15 municípios com características sócio-económicas semelhantes a Águeda”.
Águeda demonstra ainda um desempenho positivo em termos de Governança, Economia, Social e Ambiente, considerados pelo CESOP como representativos das “quatro esferas da sociedade que devem estar interligadas para assegurar um futuro sustentável, apoiadas por sistemas de governo inclusivos, coerentes e transparentes”.
Edson Santos, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Águeda, salientou, no encontro, as parceiras institucionais que contribuem para a dinamização de práticas sustentáveis. “Temos o Laboratório Vivo para a Descarbonização que é um projeto muito interessante, com um trabalho desenvolvido nas escolas e junto da comunidade, mas que pode ser mais aberto às indústrias, com o contributo dos bons exemplos que há no concelho, como o que hoje aqui foi apresentado”, afirmou.
“Isto que hoje aqui foi dito são bons exemplos e era bom que as pessoas seguissem algumas das coisas boas que aqui são feitas”, disse Carlos Alves, da empresa HFA, que apresentou o modelo de sustentabilidade implementado na empresa e elogiou o trabalho do Município, das Freguesias e das escolas.
Foram partilhados os exemplos e boas práticas das Eco-Freguesias Águeda e Borralha, de Fermentelos e de Valongo do Vouga, com destaque para os projetos locais desenvolvidos, nomeadamente e entre outros, a passagem para peixes em Bolfiar, a Eco-Pateira e o Laboratório dos Rios e margens da ribeira da Aguieira. O trabalho pedagógico e de sensibilização desenvolvido pelos Eco-Agrupamentos do concelho (Agrupamento de Escolas de Águeda e de Valongo do Vouga) foram igualmente destacados no encontro.