A Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) exige a abolição das portagens na autoestrada A25, assim como a construção de variantes no IC1 e EN 109.
Em comunicado assinado pelo presidente, Joaquim Batista, a CIRA relembra que o troço da A25 entre a Ponte da Barra e o nó de Angeja, que continua a ter portagens, já estava construído antes da concessão.
Para a CIRA, não faz sequer sentido que o acesso rodoviário ao Porto de Aveiro seja sujeito ao pagamento de portagens, penalizando as atividades económicas.
A CIRA salienta que “sempre defendeu o fim das portagens na A25 por considerar que esta via deveria ter um regime excecional, dado o seu caráter único na servidão rodoviária da ligação entre a Região de Aveiro e Castela / Leão, Espanha”.
“Não podemos aceitar e muito menos compreender as razões que possam justificar o facto da gratuitidade de circulação da A25 não se aplicar a toda a sua extensão, o que discrimina profunda e negativamente a população e a economia da região de Aveiro”, declara a CIRA.
Neste comunicado, a Comunidade Intermunicipal “exige que o Governo tome rapidamente posição sobre esta grave discriminação, assumindo a gratuitidade de circulação em toda a extensão da A25”. Além disso, quer ver concretizadas as vias alternativas à EN109, entre Ovar e Vagos, “para que o tráfego recebido da [autoestrada] A17, A25 e A29 seja devidamente acolhido nessas zonas densamente povoadas”.
A construção de uma variante à EN1/IC1, nomeadamente na zona de Anadia e Águeda, é também reclamada por aquela entidade, sugerindo que seja feita aproveitando o corredor que esteve reservado para a A32.
Desde 1 de janeiro que a circulação na A23 (Beira Interior), A24 (Interior Norte), A25 (Beiras Litoral e Alta), A4 (Transmontana e Túnel do Marão), A13 e A13-1 (Pinhal Interior) e A22 (Algarve) está isenta de portagens. A medida resulta da Lei n.º 37/2024, de 7 de agosto, que determina “a eliminação das taxas de portagem nos lanços e sublanços das autoestradas do Interior e em vias onde não existam alternativas que permitam um uso com qualidade e segurança”.
Aveiro e de Ílhavo já manifestaram o seu repúdio pela decisão de manter a manutenção das portagens na A25 entre Albergaria-a-Velha e Aveiro. O presidente da CM Aveiro, Ribau Esteves, classificou a medida de “injusta, absurda e ridícula”. Já a Câmara Municipal de Ílhavo, em reunião de executivo, aprovou um voto de protesto pela não eliminação das taxas de portagem naqueles pórticos. Também a Plataforma P’la Reposição das Scut na A23 e A25 exige a abolição das portagens “em toda a extensão” da autoestrada das Beiras Litoral e Alta (A25).