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Águeda // Bairrada  

Deputados querem que ministro da Economia recue no encerramento da Linha do Vouga

Os deputados do PS de Aveiro questionaram o ministro da Economia sobre um eventual recuo na decisão de encerrar até final do ano a Linha do Vale do Vouga, que, por comboio, liga as povoações entre Espinho e Águeda.

Segundo o comunicado da Federação Distrital de Aveiro dos socialistas, os parlamentares do distrito dirigiram ao ministro Álvaro Pereira uma pergunta em que “manifestam a sua surpresa com o anúncio da intenção – alegadamente merecedora da concordância da tutela – de suprimir integralmente, a curto prazo, a linha ferroviária do Vale do Vouga, como consta do Plano Estratégico de Transportes”.

No documento dirigido ao ministro, Maria Helena André, Pedro Nuno Santos, Sérgio Sousa Pinto, Rosa Maria Albernaz e Filipe Neto Brandão referem “desconhecer quais os estudos que terão estado subjacentes a tal decisão” – no que se dizem em situação “semelhante” à das autarquias atravessadas pela linha – e solicitam que lhes sejam disponibilizados esses estudos, para consulta.

Os parlamentares de Aveiro realçam, contudo, “o significativo acréscimo de procura decorrente dos investimentos levados a cabo na linha nos últimos anos, mormente no troço Aveiro/Águeda (Sernada do Vouga) e Espinho/Oliveira de Azeméis”, e alertam ainda para a circunstância do trajecto férreo do Vale do Vouga “ter vindo, de modo crescente, a suportar um movimento pendular insubstituível entre Águeda e a capital de distrito”.

Para os deputados socialistas, a Linha do Vouga serve “classes economicamente desfavorecidas, para as quais qualquer outra opção será financeiramente incomportável”, e é ainda utilizada por “uma comunidade estudantil, nomeadamente universitária, em que avulta a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda”.

Por todos esses factores, os parlamentares de Aveiro solicitam ao Ministro da Economia “que diga se o Governo está ou não disponível – atendendo à enorme amplitude (social, económica, histórica, ambiental) dos prejuízos que tal decisão acarretará – para recuar na decisão de desactivar integralmente o serviço de passageiros da Linha do Vouga”.