Em Janeiro deste ano, em pleno Inverno, o Jornal da Bairrada denunciou, numa das suas edições, a falta de condições do novo Mercado Municipal de Anadia, sobretudo para os vendedores, a braços com o frio insuportável e a falta de conforto do espaço.
A localização do mercado, situado numa zona alta da cidade e a falta de vedação numa parte do edifício (ao nível do rés-do-chão), onde funciona o mercado, provoca um grande desconforto a vendedores e compradores, durante todo o Inverno.
A solução, dizem, passa por vedar o recinto (com paredes, lonas ou portões de correr), por forma a tornar o frio e o vento mais suportáveis.
No sábado, dia 17 de Dezembro, com temperaturas a rondar os sete graus, JB voltou a este espaço para ouvir o descontentamento de vendedores e clientes que, em Outubro último, fizeram chegar à Câmara Municipal de Anadia uma petição, com mais de três dezenas de assinaturas, exigindo uma rápida intervenção da Câmara no que diz respeito à vedação do recinto, de modo a que o frio e a chuva deixem de massacrar quem por ali circula semanalmente. No entanto, até ao dia de hoje a resposta por parte do executivo de Litério Marques foi o silêncio.
Na missiva enviada a Litério Marques e à qual JB teve acesso, os signatários da petição queixam-se das “más condições humanas” que o mercado possui, tanto para quem compra como para quem vende, sobretudo para estes últimos que passam várias horas neste espaço, ventoso, frio e húmido.
Contactada por JB, a vice-presidente da autarquia anadiense admite tratar-se de um problema complexo e que exige “cuidado na gestão dos interesses dos vários vendedores” e ciente de que é difícil “agradar a toda a gente”, Teresa de Belém Cardoso acrescenta que “o gabinete-técnico da Câmara Municipal está a estudar a melhor solução, que pode passar por uma estrutura fixa ou não, que permita também a circulação de viaturas e que tenha enquadramento com a construção existente”, admitindo ainda que não é uma situação que se resolva facilmente, de um dia para o outro.
Catarina Cerca
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