O projeto de apadrinhamento à distância da ORBIS – Cooperação e Desenvolvimento, que apoia crianças de Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Brasil e Timor, registou um aumento de apoios em 2011, informou a organização.
Segundo dados da ORBIS, uma Organização Não Governamental (ONG) ligada à diocese de Aveiro, o contributo total dos “padrinhos” no ano passado foi de 11.596 euros, o que representa um aumento de 72 por cento face a 2010.
Em declarações à agência Lusa, Sónia Pinho, responsável pelo projeto, sublinhou que apesar do contexto de crise económica, as pessoas têm respondido com grande generosidade.
“O país está em crise, mas há muitas pessoas que mantêm os seus empregos e encontram aqui uma forma de combater a onda de negativismo e de terem algum papel ativo”, disse a responsável.
O projeto de apadrinhamento “One Child, One Future” começou em 2007 e conta, atualmente, com 54 crianças apadrinhadas, havendo outras 150 em lista de espera.
O objetivo não é trazer as crianças para Portugal, mas sim apoiá-las nos estudos, contribuindo para a auto-sustentabilidade do local onde vivem.
Por uma quantia de 25 euros por mês, qualquer pessoa pode apadrinhar uma criança, garantindo-lhe alimentação, inscrição na escola e material escolar durante um mês, aproveitando as diferenças de valor e de câmbio das moedas dos países de destino face ao euro.
Existem outras modalidades de apadrinhamento, em que dois e três padrinhos apoiam uma criança, com mensalidades de 8,5 e 12,5 euros, respetivamente.
A comunicação “padrinho-afilhado” é estimulada e todos os padrinhos recebem regularmente notícias dos seus afilhados e/ou das instituições onde eles estudam.