Melhoramento numa rua e em duas travessas da freguesia de Mogofores são, para 2012, as obras que o autarca José Maria Ribeiro, que cumpre o 2.º mandato à frente dos destinos da freguesia, gostaria de ver avançar. Ainda que reconheça que estes melhoramentos dependem da Câmara Municipal, acredita que, dado o empenho e as boas relações com a edilidade anadiense, estas serão uma realidade. São os casos da Travessa do Covelo e da Rua e Travessa do Rio do Olho.
No caso da Travessa do Covelo, fala da necessidade de construir uma elevatória, para que o saneamento possa ser ligado nas 17 habitações ali existentes. No entanto, o autarca reconhece ainda a necessidade de, nesta travessa, substituir a rede de abastecimento de água, por se encontrar bastante degradada. Já na Rua e Travessa do Rio do Olho, José Maria Ribeiro admite que, para além do saneamento, é igualmente necessário proceder à substituição da rede de água bastante envelhecida e repavimentar a via.
Com um orçamento de 35 mil euros, o autarca de Mogofores sabe que dificilmente será possível seguir um Plano de Atividades, até porque, como explicou, “vão sempre surgindo necessidades e melhoramentos que se sobrepõem a obras ou melhoramentos projetados, assim como existem obras que só avançam com o efetivo apoio da Câmara”. Daí dizer: “vamos realizando coisas à medida que temos verba disponível, pois não gosto de enganar as pessoas”.
PDM é um entrave. A seu ver, a maior lacuna e entrave ao desenvolvimento da freguesia é a falta de revisão do atual Plano Diretor Municipal (PDM). “É desastroso para a freguesia, pois temos situações caricatas de não ser possível construir no intervalo de duas moradias”, diz, adiantando que, perante esta situação, “há muitos casais jovens obrigados a sair da freguesia, por aqui não lhes ser permitido construir”, diz, dando conta que, às custas desta situação, “temos a população a ficar muito envelhecida e sem jovens a fixarem aqui residência”.
Pequenas obras. Num ano difícil e de restrições orçamentais, José Maria Ribeiro diz que, apesar dessas condicionantes, vai fazendo pequenos arranjos e melhoramentos, tais como pavimentação de valetas e arranjos de jardins, dando conta de que acaba de concluir as valetas em metade da Rua do Barrio. Por isso, deixa um apelo aos moradores da freguesia que pretendam cimentar as entradas e frentes das suas casas para que solicitem material à Junta de Freguesia: “dentro das nossas possibilidades, damos o material e os interessados suportam a mão de obra”, reconhecendo ser “uma ajuda” que a autarquia dá para que a freguesia fique mais limpa e asseada, sem ter de andar sempre a roçar valetas.
A JB, o autarca conta ainda que mensalmente disponibiliza 150 euros à Comissão de Pais das crianças que frequentam a única escola básica da freguesia para pequenos arranjos e aquisição de equipamento. “Ainda agora lá colocamos 30 telhas que estavam partidas. Tudo isso, somado, é dinheiro.”
Lacunas na rede viária. Em matéria de rede viária, as carências não são muitas, embora sinta que o maior problema e de difícil resolução está na reorganização do trânsito junto ao Colégio de S.João Bosco. Paralelamente, diz que há pequenas ruas e vielas com o piso bastante danificado e a precisarem de nova repavimentação. São os casos da Rua do Canto, Rua do Sarilho, Rua dos Sobreiros, Ladeira do Santo e Rua do Covelo: “temos a promessa da Câmara de que não estão esquecidas”.
Já no que toca ao abastecimento de água da rede a Mogofores, José Maria Ribeiro admite que esta se encontra envelhecida e a precisar de substituição, dando como exemplo a Ladeira do Santo, cuja tubagem foi recentemente substituída pela Câmara Municipal. Contudo, existem outras a precisar de igual tratamento: Rua e Travessa do Rio do Olho e a Travessa do Covelo.
Má é também a iluminação pública, cujas luminárias antigas já pouco alumiam. “Andei no Verão passado a fazer um levantamento que apresentámos à Câmara. Sei que já tudo foi despachado para a EDP, aguardando que a empresa faça ou mande fazer o serviço. Mas é uma grande carência, porque a iluminação é muito antiga”, reconhece.
Desiludido com a vida autárquica – sobretudo pelo facto de não poder fazer as obras e melhoramentos que desejava para a sua freguesia – lamenta não ter ainda conseguido erguer um espaço multiusos coberto na freguesia, muito embora uma benemérita tenha oferecido terreno para tal.
Rejeitando a fusão de freguesias, diz que Mogofores pretende, apesar de ser uma freguesia bastante pequena, continuar independente, sem ter de se agregar a qualquer outra.
Catarina Cerca
catarina@jb.pt