Digo que, em nenhuma vez, senti ganas de ser astronauta nem me desviei desse caminho nos tempos passados. É verdade, porém, que seria um prazer natural conhecer e admirar “mais de perto” as maravilhas do cosmos que os nossos olhos atingem como quem contempla apenas miniaturas ou menos.
Sempre apreciei a coragem despendida por aqueles homens e mulheres a predisporem-se andar à volta do Universo, colhendo conhecimentos e ciência para, depois, os comunicarem ao mundo humano, curioso e ávido por querer saber a realidade daqueles sítios onde nunca lograremos estar.
Não estudei a realidade dos astros e afins, embora, com frequência “ande na lua”. Todavia, amava mesmo ver mais. Vou lendo algo sobre essa matéria, vejo alguns documentários adequados, adquiri trabalhos científicos gravados em disco sobre isso, mas continuo pobre e na ignorância acerca de tão misteriosa grandeza. O meu louvor a todos quantos, desde tempos imemoriais, se debruçam sobre a obra criada e da qual muito se escreve, mas com teorias pouco consistentes, pois em cada época outras dimensões, até então desconhecidas, vêm lembrar os humanos que muito têm ainda a percorrer para conhecer, em pleno, os meandros deste Universo que habitamos e perante o qual temos de reconhecer e aceitar a nossa pequenez.
Os mistérios continuam a ser motivos para se trabalhar em prol dos assuntos em que a inteligência dos indivíduos fica aquém.
É bom sabermos que o céu cósmico está povoado de astros, sol, lua, estrelas, planetas e cometas com ou sem cauda, ovnis, meteoros e meteoritos, estrelas cadentes. Uns com luz própria, bastando-se, outros sendo reflectores da luminosidade que lhes vem da generosidade dos comparsas e dando, desse modo, o testemunho do bem que é a vida comunitária quando os mais pobres e os mais abastados se ajudam e compreendem mutuamente. O Criador de todos eles soube dispô-los humildes e colaborantes sem invejas ou greves e desaguisados, causadores de ruína e morte.
Tenho ouvido e lido opiniões referentes ao aparecimento de outras curiosidades a que chamam, com pomposa e vazia saudade, “estrelinhas”. Confesso que demorei tempo a tentar perceber e continuo muito céptico no que referem tais anúncios. Olho para o firmamento e, nada. Mas já começaram a explicar-me que tais “estrelinhas” são pessoas que deixam este mundo e começam, depois, a “iluminar” a ficção humana familiar quando, talvez, passa a ver alguns patacos deixados a reluzirem como brasas faiscantes, abrindo caminho a certas manobras para as quais ninguém trabalhou nem houve dispêndio de esforços e suores. Muitas das tais “estrelinhas”, quando na terra, não passaram de autênticos cometas erradios sem luz nem brilho, com uma sociabilidade amorfa e longe dos valores sociais, morais e familiares que fossem alicerçados na Fé.
Como podem então, agora, tornarem-se no céu “estrelinhas” de luz própria a iluminar os outros, se viveram os seus dias com os fusíveis queimados e as lâmpadas apagadas?!
Por outro lado, fazem-me crer, isso sim, ser uma criança que “parte” um “anjinho” junto de Deus. Nisso acredito plenamente, pois as crianças são a verdade, a pureza, a doçura, a felicidade ou a luz. Aceito, piamente, que nelas se espelha a claridade de Deus que, em Jesus Cristo, é para o mundo Caminho, Verdade e Esperança. E quem nEle acreditar é que obtém a vida eterna porque Ele é que é a LUZ.