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Bairradino exporta criatividade para o Brasil

É à Sportis que se deve a criação e organização dos eventos Bike Tour em Portugal, Madrid e São Paulo, em que os participantes levam a bicicleta – produzida pela empresa – para casa.


Engenho e arte são atributos a que a Sportis não é alheia. Celestino Pêgo, a residir em Sangalhos, é o rosto desta empresa localizada em Aveiro, que se tem pautado pela criação de eventos mas também de inventos desportivos.
É à Sportis que se deve a criação e organização dos eventos Bike Tour em Portugal, Madrid e São Paulo, em que os participantes levam a bicicleta – produzida pela empresa – para casa.
“Sempre gostei de inovar e criar coisas novas, principalmente quando estas podem melhorar a qualidade de vida de alguém”, afirma a JB o director industrial da Sportis.
E foi neste sentido que surgiu o desenvolvimento das HandBikes para paraplégicos. Invenção de tal forma criativa que despertou a curiosidade da Globo. Nos últimos dois anos, os eventos Bike Tour em São Paulo motivaram a adesão de milhares de participantes, entre eles cerca de uma centena de deficientes físicos, que puderam participar com bicicletas adaptadas. É aqui que surge o interesse da Globo, que tem actualmente em exibição uma telenovela (“Viver a Vida”, exibida em Portugal pelo canal SIC) em que a personagem “Luciana” sofre um acidente, ficando tetraplégica de nível C7. “Foi então arranjada uma solução para adaptar a handbike, que foi enviada para o Rio de Janeiro, com o objectivo de fazer as filmagens para a novela”, explica Celestino Pêgo. O episódio em que surge esta bicicleta especial deverá passar muito em breve em Portugal.
O responsável da Sportis confessa que, ao longo do seu percurso profissional, foram vários em momentos que o marcaram. Mas há um que se destaca: “No último Bike Tour em São Paulo, através de um pedido especial, consegui desenvolver uma bicicleta para uma pessoa que desejava muito participar no evento, mas tinha muitas dificuldades devido à sua deficiência. Além do mais, ainda me agradou ver o sorriso e boa disposição de cerca de 100 pessoas com deficiências a fazer todo o percurso juntamente com os restantes participantes. Tudo isto foi uma grande emoção para mim.”