A Expofacic, que decorre até domingo, em Cantanhede, prepara-se para bater o recorde de visitantes. Só nos primeiros quatro dias (de sexta a segunda-feira), foi visitada por 141 mil pessoas. A organização pretende, pelo menos, igualar o número de visitantes do ano passado, 408 mil.
O certame foi inaugurado, na passada sexta-feira, pelo Ministro da Economia, Vieira da Silva, que enalteceu a pujança da feira que “já ultrapassou fronteiras da região e é reconhecida no país”.
Vieira da Silva destacou que “é com o exemplo da Expofacic que se combate a crise”, até porque “Portugal está a ser capaz. Muitas empresas estavam à beira de fechar as suas actividades, mas hoje conseguiram auto-confiança na recuperação económica”.
Espírito de iniciativa. João Moura, presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, começou por fazer um breve historial do nascimento da Expofacic, sublinhando que “o mais difícil é sempre dar o primeiro passo e gerar as dinâmicas necessárias para mobilizar os intervenientes que dão corpo a este género de realizações”.
“Desde há muitos anos que a Expofacic não se circunscreve às fronteiras do município. Para além da forte representatividade da base produtiva do concelho, aqui temos, como habitualmente, a presença de prestigiadas empresas de todo o território nacional.” “No total, são cerca de 600 espaços de exposição, dos quais 75% correspondem aos sectores agrícola, comercial e industrial, e ainda um extraordinário envolvimento das forças vivas locais, que aqui celebram entusiasticamente a identidade colectiva do concelho de Cantanhede”.
Já Jorge Catarino [ex-presidente da Câmara], presidente da Assembleia Municipal de Cantanhede, com o seu timbre habitual, deu umas dicas ao ministro sobre a forma como se deve sair da crise.
Para o presidente da Assembleia Municipal de Cantanhede, “é tempo de os portugueses ganharem os desafios que enfrentam”, sublinhando que “o governo deve apoiar aqueles que já deram capacidade de criar riqueza”. “Exemplos desses há muitos em Cantanhede.”
O presidente da Associação Empresarial de Cantanhede, Luís Roque, mostrou-se desagrado com as medidas de apoio às Pequenas e Médias Empresas, interrogando-se “se o dinheiro chega onde devia chegar, ou se chega a quem não precisa”.