As contas da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, referentes a 2011, foram aprovadas, por maioria, com os votos contra dos dois vereadores do CDS/PP e a abstenção do vereador do PS, na penúltima quinta-feira.
Segundo o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, Mário João Oliveira, “o relatório apresenta o maior valor de sempre das receitas correntes, 22 milhões de euros”. “Com este relatório, demonstra-se que a Câmara Municipal prossegue a mesma linha estratégica do ano de 2010, verificando-se a maior taxa de investimento de sempre no município de Oliveira do Bairro.”
“A conjuntura internacional e nacional, à semelhança do ano de 2010, remete-nos para um enquadramento desfavorável, no entanto, este relatório demonstra que o volume de investimentos, nomeadamente na educação, cultura e no urbanismo foi o maior de sempre”, sublinhou o edil, realçando que “a construção de cinco novos polos escolares, Casa da Cultura e nova Alameda da Cidade são resultado do esforço, sentido de oportunidade e visão estratégica do executivo e corpo técnico da autarquia, na obtenção de fundos comunitários que possibilitam a concretização desses investimentos”.
“Ano após ano, os investimentos ultrapassam o ano anterior”, sublinhou o presidente da Câmara, afirmando que “o que conta é a execução em valor absoluto. Não se consegue ter um valor absoluto executado maior, se não tivermos orçamentos maiores. Só dessa forma é possível garantir fundos e candidatar projetos. Só dessa forma é possível dar execução a grandes obras”.
Estratégia. Mário João explicou que os bons números são “resultado do seguimento de uma estratégia que contempla todas as áreas, com destaque para a educação e para a formação, seja em apoios correntes, humanos, ou investimentos significativos em obras”. “Um apoio fortíssimo às associações e também nas áreas sociais, como é o caso das bolsas de estudo que ainda há pouco tempo aprovámos.”
Destaca ainda “o grande volume de obras que foi executado e que continua em execução, sem descurar os eventos, que são imensos, de grande qualidade e com grande razão de atração de pessoas”.
O edil oliveirense diz ainda que, em 2011, a Câmara registou um diferencial positivo entre as receitas correntes e as despesas, no valor de cerca de dois milhões de euros. “De todo o valor orçamentado, quase 81% mereceram decisões e assunção de compromissos da câmara municipal.” “Fizemos isto, já pelo segundo ano consecutivo, com cortes do governo central”, reforçou Mário João Oliveira.
O edil referiu ainda a redução de 120 mil euros com o pessoal e o facto da Câmara ter registado menores custos de financiamento, sublinhando ainda que “foram arrecadados menos 108 mil euros de impostos municipais”.
Endividamento. Mário João Oliveira afirmou ainda que “foram cumpridos todos os limites de endividamento, assim como foi reduzida a dívida a fornecedores em 378 mil euros, depois de no ano anterior termos reduzido mais de um milhão”.
“A evolução da receita de capital, pelo arrojo e determinação que colocamos na gestão do executivo municipal, subiu entre 2010 – 2011, de 7 milhões para 10 milhões”, acrescentou, sublinhando que “a execução é maior a cada ano que passa”.
Pedro Fontes da Costa
pedro@jb.pt