Numa organização da Comissão de Cultura e Arte, do Conselho Económico Paroquial, a igreja matriz encheu-se praticamente, na tarde de domingo, 18 de março. Pessoas, não só da freguesia, mas também de outras partes quiseram marcar presença na audição do Requiem, de Gabriel Fauré, um dos maiores compositores franceses, que privilegiou a qualidade em detrimento da quantidade. A obra foi composta em honra de seus pais e apresenta talvez por isso mesmo uma enorme suavidade, que cria um certo apaziguamento interior.
Dentro dos muitos concertos de coros que o belo templo já recebeu, este teve um cariz diferente e um sabor especial. Foi realizado pelo Coro de Câmara da Bairrada (Escola de Artes – Troviscal), sob a direcção artística de Tiago Matias, professor nesta escola e também director do Grupo Coral de Oiã e da Edmusa, além de outras ocupações no campo da música. Diga-se que no elenco dos 32 elementos estão incluídos cinco elementos do Grupo Coral de Oiã, o que apraz registar.
O espectáculo que foi muito apreciado e aplaudido, teve uma duração de 45 minutos e prendeu a assistência, tanto pelas vozes e naipes do coro, como pela intervenção dos solistas que mostraram segurança e bom timbre de voz (Mariana Pimenta, soprano, e Miguel Rodrigues, barítono). Porque o convite foi feito um pouco em cima da hora, o espectáculo não teve a colaboração de orquestra, o que lhe daria outra profundidade e sonoridade, mas isso está garantido no concerto do próximo ano, simplesmente teve acompanhamento do órgão a cargo de Marília Canhoto.
O concerto deixou muito boas perspectivas para os que se seguem, já com orquestra: Basílica de Mogofores, dia 25, igreja de Aradas, dia 26, e igreja do Carmo, Viseu, no dia 27.
Armor Pires Mota
