Milton Santos, eletricista, que assistiu “impávido e sereno” ao crime da Mamarrosa, confessou, na terça-feira, que fora contratado pelo homicida, Ferreira da Silva, para fazer segurança à visita da vítima à sua neta, e que pensava que os “tiros disparados para o ar eram de alarme”. Disse que sempre pensou que a “vítima tinha desmaiado”.
Numa clara alusão ao vídeo que a defesa de Ferreira da Silva disse ter sido apagado do telemóvel que filmou as cenas do crime, garantiu que no decurso da semana viu na televisão, não se lembrando do canal, dois filmes do crime, mas que “faltavam as imagens dos pontapés que foram dados pela vítima a Ferreira da Silva”.
Nervoso. Milton Costa, visivelmente nervoso, o que levou o presidente do coletivo, Jorge Bispo, a dizer-lhe que “se fartou de engolir em seco ao longo do depoimento”, afirmou ao Tribunal que “não sabia que eram tiros. Até disse à Ana (juíza) que eram tiros de alarme. Pensei que ele tivesse desmaiado”, pois, “não fazia ideia que havia armas, nem sabia que eram ali os tiros”. “Só quando o Cláudio caiu no chão é que me apercebo que foi atingido.”
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