A Câmara Municipal de Oliveira ainda não quantificou os prejuízos provocados pelo temporal no concelho. O presidente da Câmara, Mário João Oliveira, diz que a autarquia está a ultimar esse levantamento e que ainda não tem valores precisos. “Naquilo que são despesas do município, entre reparações, aluguer de equipamentos, pagamento de horas extra e contratação de serviços externos, estamos a falar de um valor que ronda as várias dezenas de milhares de euros”, afirma o edil.
Plano de Emergência. Ao contrário de outras autarquias, como é o caso de Vagos, Oliveira do Bairro não acionou o Plano Municipal de Emergência. A não ativação do Plano prende-se, fundamentalmente, porque “não estivemos perante uma situação que o justificasse. O que houve mais próximo disso foi o impedimento de algumas vias, no sábado, situações que foram pronta e rapidamente resolvidas”, justificou o autarca.
Mário João Oliveira garante que “o balanço do trabalho da Proteção Civil “é bastante positivo, quer das atividades das entidades públicas, entre as quais todas as desempenhadas diretamente pela autarquia e bombeiros, quer pelas privadas que concorreram para que a atividade da Proteção Civil no concelho fosse o mais eficaz ao longo de todo o fim de semana”. “Os trabalhos continuaram ao longo da semana num esforço louvável e algumas reparações continuam, sobretudo, na colaboração com a Portugal Telecom no restabelecimento de linhas de comunicações que foram afetadas”, acrescenta.
Mário João Oliveira, que é presidente da Proteção Civil Concelhia, explica que “o concelho estava nas mesmas circunstâncias que a grande maioria dos concelhos portugueses, cumprindo aquilo que os vários regulamentos vigentes e o Plano Municipal de Proteção Civil ditam”. Contudo, “a verdade é que, segundo o que foi noticiado, pudemos assistir a uma bomba meteorológica de características devastadoras, com ventos bastante fortes”. Ou seja, “olhando ao que aconteceu noutros concelhos, parece-me que reagimos com bastante eficácia às situações com que fomos confrontados”.
JB – O que correu bem?
Mário João Oliveira – A disponibilização da informação à população, com a divulgação dos alertas e os avisos que nos foram chegando do centro distrital da Proteção Civil, desde sexta-feira; a rápida coordenação entre autarquia, bombeiros e serviços de apoio da EDP; o desimpedimento de vias e a cooperação e compreensão de toda a população, para com a atuação destas entidades, ao longo dos vários dias.
E menos bem?
Os transtornos e os constrangimentos causados a toda a população, mas sobretudo as perdas e os danos causados a habitações, a não laboração de empresas e os danos causados pela falta de energia e água ao comércio local.
A falta da água podia ter sido minimizada?
Não nos podemos esquecer que a falta de água foi provocada pela falha de energia e da nossa parte foram feitas todas as diligências junto da AdRA, que neste momento é a entidade gestora da água em Oliveira do Bairro e por isso responsável máxima por essa decisão.