O Orçamento e Grandes Opções do Plano para 2013 foram aprovados pela maioria socialista na Assembleia Municipal da Mealhada, na sessão da passada quinta-feira, com as bancadas do PSD e CDU a absterem-se, registando-se também um voto contra de Pedro Duarte (PSD), que protagonizou a mais acesa das discussões da noite com o presidente da Câmara tendo os impostos municipais em pano de fundo.
O Orçamento da Câmara Municipal da Mealhada para 2013, no valor de 14,3 milhões de euros, com um corte de mais de um milhão de euros relativamente ao de 2012, foi o principal ponto em análise na última sessão da assembleia, numa noite morna de discussão, onde foram aprovados outros 13 pontos da ordem de trabalhos.
O orçamento, que mereceu a unanimidade na votação em sede do executivo, conheceu agora votação diferente do maior partido da oposição, com o líder da bancada social-democrata e presidente da Concelhia, Luís Brandão, a justificar que “falta novidade no orçamento, é previsível e é mais do mesmo”, lembrando que ao abrigo do estatuto de oposição e na reunião preparatória para o orçamento, “o PSD apresentou 11 propostas que acrescentariam algo mais ao concelho e que não foram contempladas no mesmo”, ou seja “o que podia trazer novidade ao documento não foi contemplado”.
Já do lado da CDU, Isabel Lemos justificou que votar favoravelmente o documento seria dar “um sinal errado” por parte de partido às opções da autarquia.
Coube à vice-presidente da Câmara, Filomena Pinheiro, a apresentação do orçamento à assembleia, começando por considerar que o mesmo vai permitir “concluir investimentos estruturantes iniciados” e vai “seguir a estratégia definida pelo executivo para o concelho”, “assentando no princípio do rigor e da contenção orçamental”.
Plataforma rodoferroviária já tem terrenos. O presidente da Câmara da Mealhada, Carlos Cabral, anunciou naquela sessão a compra de cerca de três hectares de terrenos, por 320 mil euros, para a instalação da plataforma rodoferroviária na Pampilhosa, por escritura pública realizada naquele mesmo dia.
Os terrenos, comprados ao administrador de insolvência da Sociedade de Preservação de Madeiras (SOPREM), integram-se na área onde será implantada a plataforma rodoferroviária da Pampilhosa, num projeto que a autarquia persegue há quase uma década.
Carlos Cabral admite que com a compra destes terrenos “dá-se um passo importante para a concretização do projeto”. Estas parcelas em causa estão situadas nas antigas instalações da SOPREM, a sul do viaduto de Pampilhosa.
João Paulo Teles