Retirada da agenda do pelouro da cultura, por virtude das “condicionantes orçamentais” da autarquia, a semana cultural muda de nome. Passa a denominar-se “Culturalidades” e deixa de estar centralizada num só local (centro da vila), e vai estender-se “ao longo de todo o ano e por todo o concelho”, utilizando e rentabilizando os espaços já existentes.
O novo projeto, que tem vindo a ser apresentado aos “parceiros culturais”, implica necessariamente alguns “ganhos” para a autarquia, que deste modo não vai suportar o “elevado” investimento com aluguer de tendas e demais infraestruturas. Cessa, ainda, o pagamento de horas extraordinárias aos funcionários camarários, que habitualmente eram destacados para o evento anterior.
A informação foi avançada pela vereadora responsável pelo pelouro, Albina Rocha. Em declarações a um quinzenário local, a autarca confirmou que o novo formato volta a ser promovido pelas mesmas entidades, escolas, associações e coletividades vaguenses. “Queremos continuar a dar palco a quem produz cultura no município”, referiu, a propósito, garantindo que a autarquia “proporcionará o apoio financeiro de que necessitam”.
Programação. Muito variada, a programação do “Culturalidades” abre em abril com concertos de primavera. Para maio está agendada a iniciativa “Notas à solta”, promovida pelos coros polifónicos sededos no concelho.
Festa rija marcada para junho, no anfiteatro do centro da vila, onde será comemorado o dia mundial da criança. O evento, com espétaculos sobre os contos “Rei Leão” e a “Pequena Sereia”, está a cargo das escolas e envolve toda a comunidade educativa, encarregados de educação e população em geral.
Incluída na grelha do “Culturalidades” destaque, nos meses de verão, para a recriação da arte xávega, de regresso à praia da Vagueira, que será ainda palco da feira à moda antiga, feira do livro e mostra de artes e ofícios, e festival de folclore. Em agosto decorre, no antigo cais das Folsas Novas (Vagos) o festival do moliço e moliceiro, uma vez mais organizado pelo Grupo Folclórico de Santo António.
Eduardo Jaques
Colaborado