O Tribunal de Anadia condenou, na terça-feira, a oito anos e meio e quatro anos e meio de prisão os dois homens, acusados por abusos sexuais sobre três irmãos, duas meninas e um rapaz, de 8, 9 e 11 anos. O coletivo de juízes do Tribunal de Anadia deu como provado todos os factos que constavam na acusação.
O juiz-presidente adiantou que o tribunal teve em conta a confissão dos arguidos, que admitiram praticamente todos os crimes, e as declarações das vítimas, que foram ouvidas para memória futura, considerando-as “convincentes e esclarecedoras”.
Os dois arguidos, de 50 e 52 anos, estavam acusados de 14 crimes de abuso sexual de crianças, dois dos quais na forma tentada, mas o tribunal entendeu julgá-los apenas por um crime por cada menor que foi vítima dos abusos.
O arguido mais novo, Inocêncio M., que está em prisão preventiva, foi condenado a uma pena única de oito anos e seis meses de prisão, em cúmulo jurídico, pela prática de dois crimes de abuso sexual de menores e por um crime de abuso sexual de menores na forma tentada.
O seu cúmplice, Arlindo M., foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão, suspensa por igual período, mediante regime de prova.
O juiz-presidente justificou a aplicação de uma pena mais leve a este arguido por o mesmo ter “imputabilidade atenuada”.