O presidente da Junta de Freguesia de Oiã, Dinis Bartolomeu, acusa a Administração da Caixa Geral de Depósitos de falta de respeito e de solidariedade com as gentes de Oiã, ao fechar a Agência da CGD que existia há cerca de uma década na vila de Oiã.
Dinis Bartolomeu diz não entender a atitude, desconfiando, mesmo, que existam razões políticas por detrás de semelhante atitude. “Quando nos dirigimos ao balcão, encontramos um número de pessoas à espera de atendimento que, se prolonga, muito além do aceitável, o que mostra bem o elevado número de clientes que procuravam aquela Agência”, afirma o autarca de Oiã, sublinhando que “esta Agência, que agora fechou portas, se encontrava localizada na maior freguesia do concelho. Uma freguesia que, segundo os últimos censos, registou o maior crescimento, com aproximadamente 9 mil habitantes e 6500 eleitores”.
Missiva. O presidente da Junta de Oiã refere ainda, numa missiva enviada ao presidente da Administração da Caixa Geral de Depósitos, que “na freguesia de Oiã existem duas zonas industrias que, com esta intenção, são deixadas ao abandono”, pelo que “concluímos que demonstra da vossa parte falta de solidariedade e até de respeito, porque os tempos são de dificuldades, onde se multiplicam os obstáculos, para todos os clientes, assim como para os industriais que tentam, contra todos os contratempos, prosseguir na luta de se manterem em atividade e, desta forma, na defesa dos postos de trabalho”.
Dinis Bartolomeu afirma ainda não ter tido resposta ao pedido de reconsideração que efetuou, confessando que começa a ter poucas esperanças na reabertura daquele espaço.
Acrescenta ainda que “muitos empresários da zona industrial do Mamodeiro eram clientes regulares da Agência de Oiã e que foram surpreendidos com um pré-aviso de fecho três dias antes”.
Pedro Fontes da Costa
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