A Alameda da Cidade de Oliveira do Bairro, apesar de não estar ainda concluída, foi inaugurada ao final da tarde da última sexta-feira, pelo Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Castro Almeida. Uma inauguração que foi acompanhada por uma avioneta que sobrevoou o local, arrastando uma tarja onde se lia: “Dia de luto. Comércio da Alameda de O. do Bairro”.
Um dia que, para o presidente da Assembleia Municipal de Oliveira do Bairro, Manuel Nunes, ficará para a história. “Este projeto, agora inaugurado, transporta a cidade de Oliveira do Bairro do séc. XIX para o séc. XXI”, afirmou Manuel Nunes, deixando “uma palavra de conforto a todos os comerciantes, confinantes com a Alameda, por causa dos constrangimentos que sofreram”.
Manuel Nunes, dirigindo-se a Mário João Oliveira, presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, deu-lhe os parabéns, sublinhando que “o presidente e a sua equipa veem aqui o reconhecimento de que vale a pena trabalhar, quando se trabalha por dedicação para servir as pessoas”. “Já se realizaram grandes obras em Oliveira do Bairro, mas esta, inevitavelmente, é, sem qualquer interesse partidário, aquela que é mais significativa para Oliveira do Bairro. É aquela que vai ser utilizada por todos os oliveirenses”.
“São cerca de três quilómetros da Alameda que ambicionam levar Oliveira do Bairro a um novo nível de modernidade e a uma melhor qualidade de vida, ao criar condições tecnológicas e ambientais que vão contribuir para a satisfação e bem-estar da população residente e utilizadora”, entendeu Manuel Nunes, afirmando que “é uma obra de que todos nós nos orgulhamos e que nos permite colocar Oliveira do Bairro num padrão rumo ao crescimento, através do investimento”, deixando a mensagem para que “todos os oliveirenses desfrutem ao máximo desta magnífica obra”.
Compreensão. Mário João Oliveira, presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, disse tratar-se do projeto “mais arrojado levado a efeito no concelho de Oliveira do Bairro”, recordando “o esforço e a diversidade do percurso, mas valeu a pena”.
O autarca justificou que “foi preciso substituir toda a rede de saneamento, gás, eletricidade, média tensão, água, fibras, sem falar nas surpresas que encontrámos a cada passo, no subsolo”, pois, “uma coisa é pensar e conceber no papel e outra bem diferente é executar no terreno”.
Mário João Oliveira deu ainda a conhecer que, no traçado de mais de três quilómetros, a área de estacionamentos aumentou, assim como foi necessário demolir 19 espaços comerciais ou residenciais, bem como negociar centenas de cedências. “Felizmente chegámos, com algum deslizamento na empreitada, mas não demais para o tipo de trabalho executado”, explicou Mário João Oliveira, afirmando que “não há obras sem dinheiro e que o projeto foi na base dos 5 milhões de euros +IVA, mas tudo o que se vê custou muito mais do que isso”, registando “o valor enorme que os fundos estruturais têm na obra”.
Enquanto o avião dava mais umas voltas mesmo por cima do local onde decorriam os discursos, Mário João Oliveira deixava uma palavra de compreensão e apelo a todos “os comerciantes que tiveram que suportar alguns prejuízos e constrangimentos enquanto durou a obra, mas a maioria sabe que vai valer a pena”. Aliás, “os munícipes, que superaram esta obra, merecem um reconhecimento da Câmara Municipal”, frisou Mário João Oliveira.
Arrojo. O avião estava quase de saída do território da Alameda, quando o Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Castro Almeida, começava a dar os parabéns a todos os munícipes de Oliveira do Bairro e em particular ao presidente da Câmara, Mário João Oliveira, “pelo arrojo e ambição”.
Castro Almeida salientou as grandes adversidades que se encontram numa empreitada deste género, o que “obriga a uma grande persistência e determinação”.
O governante disse ainda que “esta rua está completamente irreconhecível, pelo que a imagem desta Alameda ficará para a memória”, pois “quem cá passar vai achar que os oliveirenses têm um maior patamar de ambição do que tinham antigamente”. “Mas para chegarmos aqui é necessário quebrar resistências e interesses instalados”.
Pedro Fontes da Costa
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