Há muito que dormir no silêncio da noite é proibido nos prédios do Vale do Junco, nas proximidades dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Bairro. Os moradores queixam-se que as rãs, que “habitam” numa lagoa, formada devido à extração de inertes, nas traseiras dos prédios, não lhes dão sossego, nem de dia nem de noite. Um abaixo-assinado já circula com o objetivo de ser enviado às entidades competentes.
Saúde pública. Os moradores argumentam que é um caso de saúde pública e que já pediram, há muito tempo, ajuda às entidades competentes, nomeadamente à Delegação de Saúde, mas que até hoje nada foi feito.
Por outro lado, nos dias mais quentes, os moradores também estão impossibilitados de abrir as janelas, devido aos milhares de mosquitos que por lá vivem e que também servem de alimento às rãs.
Os moradores estão conscientes de que a situação não é fácil de ser resolvida, até porque a lagoa é pertença do empreiteiro que, entretanto, faliu e, mais recentemente, faleceu.
Dorindo Briosa, um dos moradores, conta que, ao longo dos últimos seis anos, “a situação tem vindo a piorar e agora ninguém consegue dormir descansado”. “O pior mesmo são os mosquitos que entram pelas janelas dentro. Isto é terrível, como se pode ver pelo número de pessoas que assinaram o abaixo-assinado”, afirma.
Barulhos. João Neto também se queixa dos “barulhos” provocados pelas rãs, sublinhando que “este é um problema que se arrasta há muito tempo e que o condomínio tem estado a fazer diligências no sentido de resolver”.
Este morador explica ainda que “o problema dos mosquitos é outra preocupação nos dias mais quentes, uma vez que o lago existente tem as águas paradas, pelo que toda a ajuda nesta altura é bem-vinda”.