É “mais um ano de boas contas”. Foi assim que o autarca Mário João Oliveira abriu a sessão de câmara extraordinária de quinta-feira, dia 2 de abril, de apresentação do relatório de gestão e dos documentos de prestação de contas de 2014. “O mais relevante”, acrescentou, “é que são contas que evidenciam a realidade do município, contas sãs e com sinais positivos”.
Uma explanação que, contudo, não acolheu o parecer favorável dos vereadores do CDS-PP, que votaram contra (os documentos seriam aprovados por maioria, com os quatro votos favoráveis dos vereadores do PSD).
Relativamente aos números, Mário João Oliveira começaria por destacar a taxa de execução que mereceu uma decisão formal de cabimentação que ascendeu a quase 90% (89,1%). Já a taxa de compromisso foi de 87,7%.
Após destacar que as contas foram auditadas, pelo terceiro ano consecutivo, por um Revisor Oficial de Contas, o presidente ressalvou as obras que, ao longo do ano, mereceram especial atenção da autarquia, como o Centro de Saúde, a EB 2/3, a Incubadora de Empresas, a Feira da Palhaça, o IPB – Instituto Profissional da Bairrada, assim como o reforço no apoio às associações (mais 120 mil euros comparativamente a 2013). Focou ainda a inauguração do Quartel das Artes e a entrada em funcionamento de mais dois polos escolares: Oiã Nascente e Oiã Poente.
Na sua apreciação do documento, o vereador do CDS-PP, Jorge Pato, começaria por dar a sua visão política, elencando aquilo que teria sido prioridade do seu partido: a Cerâmica Rocha, a zona da estação da CP, que considerou “muito abandonada”; a passagem superior do caminho de ferro, “que continua por resolver”; a piscina de Oiã, o parque de camiões na cidade e o auditório necessário na Escola de Artes, “que ainda não existem”, bem como a questão da Feira de Bustos. Tudo situações que Mário João Oliveira considerou “não fazerem sentido para esta discussão”, frisando ainda que “as nossas prioridades voltariam a ser as mesmas” e que, quanto às referidas pelo vereador da oposição, “serão resolvidas a seu tempo”.
Jorge Pato comentaria ainda que a Câmara poderia aproveitar a folga que tem neste momento “e devolver IRS aos cidadãos, como o CDS sugeriu”. Contrapondo a elevada taxa de execução do cabimentado, focar-se-ia no pago, de cerca de 67% face à 2.ª revisão do orçamento e que seria de 62% “se tivessemos em consideração o orçamento inicial”, taxa que considerou “muito pobrezinha”.
Ressalvou que a receita do IMI voltou a aumentar, “cerca de um milhão de euros nos últimos cinco anos” e que, por isso mesmo, “se justificava que o executivo tivesse aceitado a proposta do CDS-PP, de reduzir a cobrança às famílias mais numerosas”.
Sobre isso, Mário João Oliveira disse apenas que o executivo “votou contra o apoio às famílias mais ricas e não às famílias mais numerosas”.
Leia a notícia completa na edição de 9 de abril de 2015 do Jornal da Bairrada