Os sócios do Grémio de Instrução e Recreio (GIR) viabilizaram, na generalidade, a proposta de protocolo da Câmara para o financiamento e funcionamento do Cineteatro da Pampilhosa. A Assembleia-Geral, realizada no passado dia 2 de setembro, depois da reunião de 29 de julho ter sido contestada pela direção, deixou pistas concretas para a assinatura do documento com a autarquia, abrindo possibilidade para a continuação das obras no edifício.
Em resultado das já longas negociações entre uma comissão mandatada pela associação e a Câmara da Mealhada para encontrar um texto comum para a realização de um protocolo que assegure o funcionamento do Cineteatro da Pampilhosa, o certo é que o texto acaba de ser aprovado na generalidade, com a sugestão dos sócios para pequenas alterações.
Este documento, que gerou um debate intenso, com muitas intervenções, em torno daquela questão, acabou por ser viabilizado com 21 votos a favor, 9 abstenções, sem qualquer voto contra, entendendo os sócios que esta proposta da Câmara “responde de forma favorável a duas questões decisivas e estruturantes: dota o GIR das condições financeiras necessárias à conclusão das obras de reconstrução do Cineteatro; e atribui ao GIR a responsabilidade pelo desenvolvimento das atividades de natureza sociocultural e recreativa que constituem a sua natureza, em articulação com as dinâmicas culturais da freguesia e do Município”.
Os sócios do GIR recordam que, na versão de protocolo anterior, a realização de atividades de natureza sociocultural era da exclusiva e integral responsabilidade da CMM, o que, objetivamente, impedia o Grémio de cumprir a sua natureza estatutária.
Mesmo assim, a assembleia aprovou pequenas alterações no documento, entendendo que a proposta da Câmara carece de melhorias pontuais, tendo em vista as condições da sua operatividade, especialmente na cedência daquele espaço – e nas condições dessa – para com a Câmara, no âmbito de uma política de acolhimento, abertura e desenvolvimento das iniciativas e realizações das outras associações do concelho.
Os sócios do GIR entendem que, a serem aceites estas alterações, “ficam salvaguardadas as condições mínimas para a nossa Associação poder cumprir a sua natureza estatutária e, definitivamente, poderem ser concluídas as obras de recuperação do Cineteatro da Pampilhosa”.
João Paulo Teles